O candidato de direita católica Felipe Calderon venceu as eleições presidenciais mexicanas com mais 1,04 por cento dos votos que o segundo candidato mais votado, Lopez Obrador. Os resultados oficiais preliminares foram hoje divulgados pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE) e são contestados por Obrador.
Este anúncio ainda não põe fim ao suspense em torno do nome do novo presidente mexicano, naquela que já é considerada a eleição mais renhida da história do país. A partir de amanhã, o IFE vai recontar os votos para anunciar oficialmente no domingo o vencedor.
Felipe Calderon, de 43 anos, ficou à frente de Lopez Obrador, de 52 por 1,04 por cento dos votos (402 mil votos), segundo o site do IFE que ontem à noite tinha compilado os resultados em 98,5 por cento das 130 500 urnas instaladas.
A participação chegou aos 58,90 por cento num universo de 71 milhões de eleitores.
Felipe Calderon do Partido de Acção Nacional (PAN) obteve 36,38 por cento dos votos contra 35,34 por cento de Andres Manuel Lopez Obrador do Partido Revolução Democrática (PRD), segundo os números oficiais do IFE.
Roberto Madrazo, do Partido Revolucionário Institucional (PRI) foi o terceiro candidato mais votado com 21,57 por cento dos votos e Patricia Mercado, da Alternativa Social Democrata, obteve 2,81 por cento.
Obrador já anunciou em conferência de imprensa que não aceita estes resultados preliminares porque têm “muitas contradições”. O candidato de esquerda afirmou ainda que vai pedir às autoridades eleitorais uma nova contagem, “urna por urna, boletim por boletim, processo verbal por processo verbal”.
“Voz após voz, posso dizer hoje a todos os mexicanos que venci as eleições”, afirmou ontem Calderon ao canal de televisão Televisa. “A minha vantagem é inegável”, disse.
O novo presidente entrará em funções no dia 1 de Dezembro para um mandato único de seis anos. O seu principal desafio será lutar contra a insegurança e contra a pobreza que atinge metade dos 103 milhões de mexicanos.
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