quinta-feira, outubro 09, 2008

RALLIE DE PORTUGAL HISTORICO 2008






Com organização do ACP e debaixo da "batuta" do Pedro de Almeida assesorado pelo Jaime Santos e pelo Orlando Romano(será por isso que está a correr tão bem?) , está a decorrer o Rallie de Portugal Histórico 2008.
Fomos ver a PRS (Prova de regularidade por sectores) no magnifico Kartódromo de Vila Nova de Poiares, o espectáculo foi excelente com grande parte dos concorrentes a darem o seu melhor , por vezes a fundo, com direito a "têtes" e numerosos "power drifts", "power slides", e outras derrapagens do género, claro que gostamos imenso de ver o Jean Pierre Nicolas, vencedor do Rallie TAP 1971 desta vez despromovido do seu Alpine A110 1600 para um simples 1300s....Não lhe punhamos a vista em cima desde 1971 nos reconhecimentos do TAP na Pensão Canário em Arganil....outras histórias.....
Foi uma manhã excelente, pena é que a promoção desta prova seja pouca ou quase nenhuma fazendo que os "aficionados" , se contem pelos dedos das mãos, deixando-nos ainda com mais saudades das multidões do Rallie de Portugal dos velhos tempos , antes de ser do Campeonato dos Rallies , para meia duzia ver ao vivo, e o resto jogar na Playstation ou ver na TV!!!!
Quanto á parte desportiva sabemos que no fim da primeira etape que acabou ontem em Tomar ,João e Marta Queiroz comandavam no seu BMW 2002, fazendo juz ao seu estatuto de favoritos.



terça-feira, outubro 07, 2008

ELEIÇÕES NO BRASIL





















No Brasil, São Paulo é minha segunda cidade. E ela tem um bocado a celebrar com a disputa entre Marta Suplicy e Gilberto Kassab. Ambos foram prefeitos que podem dizer ter feito concretamente algo por São Paulo.

Marta tem um grande mérito: conquistou o voto da periferia sem ter feito fisiologismo. Muitos, na classe média alta, não têm idéia de como iniciativas como o bilhete único fazem diferença no bolso de quem mora longe e precisa vir ao emprego na cidade.

Ao mesmo tempo, o Cidade Limpa melhorou surpreendentemente uma cidade em geral áspera. Melhorou mesmo: a qualidade de vida, o humor, melhora quando não há tanta feiúra exposta. Alguns argumentam que a lei é de José Serra. Talvez. Não foi de fácil implementação e este mérito é de Kassab.

De maneiras muito distintas, ambos melhoraram a vida em São Paulo. E, disputas internas no PSDB à parte, o Brasil melhora quando políticos de pouca estatura como Geraldo Alckmin deixam o cenário nacional.

O voto paulistano, em outros tempos contaminado pelo populismo de figuras as mais tristes, optou tanto à direita quanto à esquerda conscientemente.

Que faz de uma democracia saudável? Para os eleitores, suas preocupações ideológicas se sobressaem. Há que ser um prefeito de direita. Ou um de esquerda. Ou que acredite nisto. Naquilo. É mais do que natural. Para a democracia, não é isso o importante. O importante é coerência. É a consolidação de grupos políticos que representem determinados setores da sociedade. Um país que tem partidos fortes ligados intimamente a sua base eleitoral se expõe menos aos arroubos fisiológicos dos aventureiros.

Neste sentido, a derrota nas urnas do PSDB em todo o país é ruim. A vitória do PMDB, idem. O PMDB atual é a encarnação do fisiologismo, do partido sem rosto definido que em cada praça é dominado por um político diferente que manda ou desmanda. Sequer tenta representar um ideal, não tem projeto que não a costura de projetos pessoais. Muitos partidos políticos, no Brasil, são assim. O PMDB é apenas o caso mais explícito.

O eleitor sincero de direita, liberal do ponto de vista econômico e conservador quanto às normas sociais, tem profunda dificuldade de se ver representado por um partido político. Nem PT, nem PSDB, o representam de fato. O político sincero de direita se vê obrigado a entrar em legendas frágeis e, portanto, termina contaminado pelas práticas fisiológicas de seu partido.

Não foi uma má eleição. Em Fortaleza, em Salvador, no Rio e em São Paulo, em vários pontos houve um claro movimento de eleitores driblando armadilhas. É um eleitor mais maduro. Mas a fragilidade dos partidos políticos brasileiros continua sendo o maior obstáculo de nossa democracia. E dificilmente é uma fragilidade que será corrigida pelo Congresso. Afinal, ela beneficia a matilha.

In Pedrodoria/weblog.....excelente Blog

......


Me sinto compelido a falar de mais um assunto do momento. Mentira. Não me sinto compelido a nada. Até porque não gosto de eleições. Putz... menti de novo. Não gosto é do circo que as campanhas eleitorais viraram, e nem das caras estampadas nestas campanhas. Elas são mentirosas. As campanhas e os donos das caras. O fato é que tenho escrever alguma coisa para atualizar meu blog e estou tentado fazer um texto engraçadinho. Eu sou patético. Mas em se tratando de eleições, o que não é?

O governo faz propagandas para que nós votemos conscientes nas eleições. Faz sentido, até porque uma pessoa não consegue votar quando está inconsciente. E é importante votar. É obrigatório. Se eu não conseguir votar porque estive inconsciente vou ser punido. Afinal, dependendo do motivo de estar desacordado, não tenho uma justificativa plausível para ter faltado. Também não tenho muitos motivos para ficar inconsciente. Coma alcoólico? Não bebo. Desmaio? Sou saudável, apesar de sedentário. Não tenho problemas de pressão nem nada do tipo. Acidente? Melhor não...

O único modo de eu não conseguir votar por estar desacordado é dormir o dia inteiro. Eu gostaria disso, mas essa desculpa não cola. Então, tenho que sair de casa no meu dia de descanso, enfrentar trânsito, boca de urna (é crime, não é?) e filas. Tudo porque sou obrigado a mostrar cidadania em um país democrático depois de uma campanha patética que não me mostrou nada útil. Eu sou O-B-R-I-G-A-D-O. Talvez eu até levasse mais numa boa se antes da minha vez não fosse sempre aquela tiazinha que tem problemas para mexer até no controle remoto da televisão. E a tia fica lá um bom tempo... Vinte minutos para ela conseguir votar no Paulo Maluf. Sim, "O CARA" que acha que tudo bem estuprar, desde que não mate. Mas quem pode culpar a tia, já que ela não sabe nem mudar canal da TV?

Dia de eleições tem "lei seca". Este ano, menos em São Paulo e no Rio. Será proibido o comércio de bebidas alcoólicas durante o dia das votações. Eu não costumo beber, não gosto muito de bebidas e entendo a razão de eles vetarem a venda delas. Claro, nada mais justo. Depois que você sai da urna e percebe que merda nenhuma vai mudar depois da sua odisséia que terminou logo após a tiazinha descobrir como se vota, a única vontade que se tem é a de ir para um bar encher a cara. Imagine como seria tanta gente bêbada. Aí o Brasil iria conseguir a proeza de ser mais zona do que já é e vai continuar sendo. SP e RJ resolveram tentar a sorte e liberaram a bebida. Eu tenho medo... Mas também, com o caos do trânsito em São Paulo e a violência urbana no Rio de Janeiro, encher a cara para levar tudo na esportiva acaba virando até uma obrigação.

Tem gente que diz que quem não vota ou até mesmo quem anula o voto não possui direito nenhum de reclamar de quem foi eleito. Peraí... Quer dizer que se eu não votar em alguém eu não tenho direito de contestar o mau uso do MEU dinheiro, que eu sou gentilmente obrigado a ceder para ele através de impostos? Mas e se o motivo de eu não ter votado nele ou em qualquer outro é porque não tinha ninguém realmente bom o bastante para merecer minha confiança? Não sou eu que, querendo ou não, vou pagar o salário dele? Eu sei que o candidato eleito não vai fazer nem metade do que vomitou um mês inteiro no meu ouvido. Então, que direito superior eu tenho de reclamar se fui eu mesmo, sabendo de tudo isso, que coloquei ele lá?

O filósofo francês Joseph De Maistre disse que cada povo tem o governo que merece. Existe um provérbio que diz que a voz do povo é a voz de Deus. Se eu for levar em consideração as duas máximas ou eu vou acabar duvidando da existência de Deus ou chegar a conclusão de que a "massa" é burra mesmo. Faço parte da massa burra. E eu sou obrigado a participar deste circo, sou obrigado a votar. Dizem que meu voto vale ouro e que decide o destino do nosso País. Bom, até agora não decidiu nada, já que todas as pessoas em quem eu resolvi votar perderam. Talvez eu vote em quem vai ganhar para me sentir mais importante. No meio desta grande batalha de marketing tanto faz mesmo.

Aliás, campanhas eleitorais deveriam se chamar campanhas de marketing mesmo. Hoje (e sempre) não ganha a pessoa mais honesta e com as melhores intenções, mas quem tem o melhor texto elaborado pelo assessor de marketing. Quem tem o single mais grudento, quem tem o melhor fotógrafo, quem tem mais espaço no magnífico e equilibrado horário gratuíto...

Me sinto compelido a ser direto: As campanhas eleitorais e seus candidatos me dão cada vez mais nojo. A situação toda parece a piada fracassada de um palhaço sujo e maltrapilho em cima de um palco improvisado em um boteco de quinta categoria onde o banheiro tem as privadas entupidas e transbordando e o local todo fede a mijo. É só ligar a TV para sentir náuseas. É só andar na rua, ver porta-bandeiras, caminhões com música e panfletos inúteis forrando o chão para ficar irritado. Imagine só a contradição que seria ver vários panfletos contendo o nome de um candidato do partido VERDE sujando as rua da cidade. Você duvida? Eu não.
Já expressei boa parte da minha opinião. Amanhã (na verdade hoje, estou escrevendo isso à 1 hora da madrugada) inevitavelmente estarei lá, exercendo meu poder de cidadania e liberdade. Obrigado.
In 
Fortaleza da solidão